15 Estratégias para triplicar as vendas em ecommerce

Descubra as 15 melhores estratégias para aumentar as vendas de um site de ecommerce. Saiba como dinamizar o seu site de comércio electrónico e aumente as suas vendas!

Nesta edição do WayTrends vamos explorar em profundidade estratégias para dinamizar um site de comércio electrónico, com o objectivo de aumentar as vendas!

Este tema foi explorado de forma mais ligeira numa das nossas publicações de maior sucesso – Ecommerce – Guia Completo. Já sabemos que o comércio online apresenta um amplo conjunto de benefícios, quer para o consumidor, quer para o retalhista, que já abordámos em profundidade no Ecommerce – Guia Completo.

À semelhança do comércio em lojas tradicionais (leia-se físicas), o ecommerce está longe de ser uma actividade estática. É preciso levar a cabo várias acções promocionais, campanhas, iniciatias de fidelização e outras, devidamente planeadas, de forma a cativar o consumidor em pontos-chave para aumentar as vendas online. A facilidade com que o consumidor salta de loja em loja na Internet faz com que a exigência do mesmo seja elevada e pode aumentar a importância do factor preço, precisamente porque a comparação se torna fácil e directa. Assim, aspectos como a oferta dos portes de envio, a realização de campanhas de desconto ou a distribuição de cupões de desconto são apenas dois exemplos de estratégias promocionais comuns no ecommerce.

Descubra como pode dinamizar o seu site de ecommerce utilizando as estratégias que apresentamos em seguida:

 

1 – Up-selling e Cross-Selling

O up-selling e cross-selling são duas técnicas de venda muito comuns em ecommerce, até porque podem ser feitas de forma semi-automatizada ou no limite até de forma automática utilizando procedimentos de machine learning para emparelhar produtos.

Quantas vezes na fila de um restaurante de fast-food o empregado não lhe perguntou se deseja antes um outro produto, mais caro, ou adicionar um “produto extra” ao seu pedido? O empregado não está mais do que aplicar a técnica de up-selling, isto é, está a propor ao consumidor um item mais caro ou com maior margem, na tentativa de concretizar uma venda mais lucrativa. O up-selling pode também ser visto em lojas de tecnologia, onde o empregado tenta convencer o potencial consumidor a adquirir um modelo mais recente de um telemóvel em oposição ao modelo anterior, explicando-lhe as vantagens da actualização.

BMW - Exemplo de up-selling Exemplo de up-selling da BMW

 

Exemplo de Upselling Dollar Shave

Exemplo de Upselling Dollar Shave

O cross-selling é uma estratégia de promoção parecida com o up-selling, todavia, ao invés de tentar convencer o consumidor a comprar outro produto, o cross-selling passa por propor um item relacionado com o que o consumidor já tem intenção de comprar. Por exemplo, se numa loja de roupa um consumidor decidir comprar um casaco, o empregado pode sugerir umas calças ou uma t-shirt para acompanhar com a peça já escolhida – ele está a apresentar-lhe produtos relacionados.

Produtos Frequentemente Comprados em Conjunto

O up-selling e o cross-selling são, naturalmente, técnicas de venda importantíssimas no comércio eléctrónico. Não só é fundamental conceber a loja online de forma a incentivar o consumidor a optar pelo produto mais recente ou com maior margem, como é crucial apresentar-lhe itens relacionados com aqueles que ele já adicionou ao carrinho. A loja online da Apple, por exemplo, dá sempre primazia ao modelo de iPhone mais recente e coloca colunas, capas e outros acessórios lado a lado com o telefone.

A relevância do up-selling e do cross-selling no ecommerce é tão válida durante o processo de decisão do consumidor (isto é, enquanto ele está a navegar na loja), como no momento de checkout. Toda a interface e organização do site deve estar pensada para este propósito. Por exemplo, colocar um pop-up com produtos mais caros ou melhores que aquele que o utilizador escolheu é uma prática recorrente de up-selling no online. O e-mail marketing e o remarketing, de que falamos em baixo, podem também ser uma boa via para cross-selling. Podemos através de e-mail marketing sugerir ao cliente a compra de um produto relacionado passados alguns dias da compra – por exemplo, uma semana após a comprar um telemóvel podemos propor um seguro para o equipamento.

 

2 – Carrinhos Abandonados

Cerca de 60% dos carrinhos de compra online são abandonados pelo cliente antes deste terminar a compra, segundo reporta o site Baymard. Os motivos que levam o cliente a abandonar a sua intenção de compra são muito diversos.

Gráfico - "Carrinhos abandonados antes da compra"

No online, porque é que as pessoas adicionam itens ao seu carrinho e depois não concretizam a compra? Um estudo de 2013 da empresa Statista dá-nos alguns palpites: encontraram um custo inesperado (por exemplo, o preço dos portes), estavam apenas a navegar sem intenção de comprar naquele momento, encontraram um preço melhor noutro lado, sentiram a navegação do site demasiado complexa ou o processo de compra demorado…

Os carrinhos abandonados são uma oportunidade para, enquanto marca, actuar. Alertar o consumidor, via e-mail, para compras iniciadas mas não finalizadas e oferecer-lhe um desconto adicional no caso de finalizar a encomenda num determinado prazo são apenas duas das acções que a marca pode levar a cabo para aumentar as vendas.

Mas o trabalho para diminuir a taxa de abandono deve começar na construção da própria loja. Garantir que o processo de compra é fluído e de fácil compreensão e que o site funciona sem erros são aspectos base, aos quais acrescentamos os seguintes:

  • Apresentar os valores na unidade monetária do utilizador
  • Ser transparente e comunicar de forma simples as taxas e portes de envio. Um estudo da Deloite diz que 69% dos consumidores mais facilmente compram quando os portes de envio lhes são oferecido que o contrário
  • Mostrar, através de imagens ou até vídeo de boa qualidade, o produto que o utilizador está a comprar
  • Exibir os logos das marcas que estamos a vender e dos certificados de segurança
  • Oferecer diferentes métodos de pagamento online
  • Criar formulários simples e usáveis para não desmotivar o utilizador (de recordar que os formulários são sempre uma barreira, especialmente em dispositivos móveis)
  • Desenvolver um serviço de apoio ao cliente adequado recorrendo a ferramentas como o email e o chat online
  • Adicionar testemunhos de outros clientes/consumidores daquele produto ou do nosso site para reforço de credibilidade
  • Possibilitar a edição rápida do carrinho (remover produtos, alterar quantidades, formas de pagamento ou métodos de expedição)
  • Assegurar garantia de devolução simples para o consumidor

Depois de o cliente abandonar o carrinho, a marca deve preocupar-se em recuperá-lo, quer através de anúncios segmentados (aqui as campanhas de remarketing podem ser muito úteis), quer via e-mail marketing.

 

3 – Remarketing

Tal como o nome indica, uma estratégia de remarketing (ou retargeting) permite actuar sobre um mesmo consumidor com um novo conjunto de acções de marketing. No contexto do ecommerce, isto significa habitualmente voltar a impactar um cliente que já esteve no nosso site. Os números mais recentes provam o valor das campanhas de remarketing:

  • 70% dos visitantes de uma loja online que são impactados com um display ad de remarketing tendem a comprar efectivamente
  • a taxa de clique (CTR) de uma campanha de remarketing pode ser cerca de 10x superior a uma campanha display
  • com o remarketing cerca de 26% dos consumidores que abandonaram o processo de compra regressam ao site para o terminar.

Infografia de remarkting

Através de uma campanha de remarketing, quando um cliente navega no nosso site é colocado um cookie no seu browser. É este cookie que vai permitir que o mesmo consumidor seja identificado posteriormente noutros sites na Internet para que possamos continuar a comunicar com ele. Tudo isto é feito de forma automática pelos servidores de publicidade pelo que nós apenas temos que nos preocupar em criar segmentos de utilizadores e as regras das campanhas com que os queremos impactar.

Quem é cliente frequente da Amazon ou do Booking já experimentou este tipo de campanhas que parece que nos “perseguem” pela Internet. Vamos procurar aquele hotel para uma escapadela de fim-de-semana e nos dias seguintes, consoante navegamos noutros sites, o anúncio desse hotel acompanha-nos internet fora. Isto é remarketing e é uma forma da marca continuar a impactar o consumidor, mesmo que este não regresse ao site.
Segundo dados da plataforma de remarketing AdRoll, apenas 2% dos clientes que entram numa loja online saem dela com compras. O remarketing permite continuar a comunicar com os restantes 98% para que possam também converter numa transacção. Como? Seguindo a sua navegação na web e mostrando anúncios que têm como objectivo captar o utilizador de volta para a nossa loja.

Remarketing

O gráfico em cima explica o processo de remarketing. Um utilizador entra na loja online da marca, sai sem compras e entra, por exemplo, num site de notícias. Nesse site vai encontrar um banner da nossa marca que o tenta chamar de novo para a loja online, mostrando-lhe, por exemplo, o mesmo produto que ele tinha adicionado ao carrinho, por vezes até com condições especiais!

Uma das plataformas de remarketing mais conhecidas é o Facebook Exchange, que coloca a informação dos seus mais de 1,59 mil milhões de utilizadores ao serviço das marcas, permitindo que estas criem campanhas que seguem os utilizadores e sabem quando estes entram numa loja e saem dela sem compras.

 

4 – E-mail marketing

Estima-se que existam 2,6 mil milhões de utilizadores de e-mail em todo o mundo, a trocar 205 mil milhões de e-mails por dia. É difícil fazer estimativas de quantos e-mails de marcas são enviados por dia. Mas, se olharmos para as nossas inboxes, facilmente percebemos que é um número grande. Apesar de tudo, o e-mail continua o seu impacto, numa Internet cada vez mais cheia de redes sociais e apps de mensagens.

Quando comparado com outros meios de marketing e no que respeita à atenção captada dos consumidores, o e-mail marketing assume um papel preponderante. Num estudo realizado pela Fractl e pela Moz o e-mail surge como segundo meio mais relevante para captar atenção, logo após a publicidade tradicional (onde se inclui a TV e que como é sabido continua a ser um meio importante para difundir mensagens de forma massiva).

Na essência, o e-mail marketing segue a mesma lógica do remarketing: seguir um utilizador que abandonou um carrinho. A diferença é que, em vez de lhe mostrarmos um banner, enviamos-lhe um e-mail para o endereço com que ele se registou na loja.

O e-mail é, assim uma estratégia para trazer um utilizador que não finalizou a compra de volta para a loja. Enquanto marketeer, devemos definir e-mails personalizados para serem enviados, preferencialmente de forma automática, ao utilizador que abandonou o carrinho. Podemos enviar mais que um e-mail, adoptando este exemplo de periodicidade:

  • O 1º e-mail passadas 24 horas de o utilizador ter abandonado o carrinho;
  • O 2º e-mail após 48 horas;
  • E o 3º e-mail ao fim de 1 semana.

Estes e-mails devem incluir imagens do produto de que o utilizador desistiu, reviews ou testemunhos de clientes anteriores, informação sobre garantia e política de devolução, e um call-to-action bem vísivel para levar o utilizador de volta para a loja. O objectivo destes conteúdos é precisamente vencer o tipo de obstáculo que possa ter surgido e que impediu que o cliente finalizasse a compra.

De notar que não devemos abusar deste tipo de comunicação uma vez que, ao contrário do remarketing que passa por comunicar em espaços “livres”, aqui estamos a invadir um espaço privado do consumidor, que é a sua caixa de e-mail, tornando-o por isso muito mais sensível à comunicação que é efectuada.

 

5 – Campanhas personalizadas no site

Do ponto de vista estatístico é possível criar grupos de consumidores de acordo com determinados critérios que são partilhados pelos mesmos. Estes grupos, designados por cohorts, permitem assim identificar um conjunto de indivíduos que partilham algumas características.

Cohorts

Numa óptica de ecommerce podemos definir promoções para grupos com vários critérios, por exemplo:

  • clientes que efectuaram pelo menos uma compra nos últimos 90 dias
  • clientes cujo carrinho de compras médio é superior a 150€
  • clientes registados mas sem compras há mais de 1 ano
  • clientes que compraram um smartphone novo

Esta sistematização e organização permite trabalhar a comunicação de forma personalizada, não numa lógica pura de 1:1 como se falava no ano 2000, mas numa lógica mais produtiva e com maior massa crítica.

Após agregar os utilizadores em grupos, podemos criar campanhas específicas direccionadas a cada grupo com grandes benefícios ao nível da comunicação pois sabemos o que esses indivíduos têm em comum e por isso podemos endereçar essas particularidades.

Este tipo de segmentação pode ser útil para vários aspectos:

  • envio de campanhas de email marketing com ofertas ou campanhas direccionadas
  • personalização de conteúdos no site ou via email marketing
  • personalização de cupões de desconto (por exemplo, assegurando redução de preço para produtos relacionados)
  • destaque de determinados produtos no site.

 

6 – Programa de fidelização

Uma das principais preocupações dos marketeers consiste na fidelização dos consumidores. É preciso garantir que o cliente se mantém satisfeito e que dessa forma continua a dar-nos a sua preferência e a fazer negócio connosco. Para tal, fidelizar é a palavra de ordem!

Os programas de fidelização são a ferramenta ideal ao abrigo da qual devem ser criadas condições para que alguém que já é nosso cliente, continue a comprar no nosso site. Um consumidor que pertença a um programa de fidelização gasta mais 13% que não-membros, de acordo com um estudo da empresa Forrester, citado pelo site Shopify.

Devemos assim implementar programas que acrescentem valor a estes clientes que nos compram repetidamente porque estes são tipicamente os clientes que mais contribuem para o lucro da nossa actividade. Habitualmente aplica-se aqui também a regra de Pareto, o que significa que 20% dos nossos clientes (os mais fidelizados) representam 80% do volume de negócios.

Um programa de fidelização pode adoptar muitas lógicas distintas. Deixamos abaixo alguns exemplos que podem ser combinados para criar valor:

  • permitir acumular pontos por cada compra efectuada, sendo esses pontos redimíveis por produtos ou descontos em compras subsequentes
  • assegurar condições especiais relacionadas com os produtos a clientes frequentes (por exemplo: oferta dos portes, descontos específicos, extensão de garantia, acesso a conteúdos exclusivos, reparações gratuitas, etc)
  • oferta de benefícios específicos associados à longevidade do cliente no programa da marca (por exemplo: oferta de um cupão de 10% desconto após 1 ano de registo no site com realização regular de compras)
  • acesso especial à marca através de um gestor de conta dedicado
  • acesso a eventos de apresentação de produtos ou vendas especiais
  • acções de delight, como ofertas no dia de aniversário ou em datas especiais como Natal
  • etc

Um programa de fidelização deve assim agregar um conjunto de benefícios exclusivos que valorizam a preferência que o utilizador tem pelo nosso site ou produtos. Isto permite reduzir a sensibilidade do cliente ao preço, assim que este reconheça o conjunto de benefícios associados, ainda que estes não tenham propriamente um valor económico facilmente percebido.

 

7 – Programa de afiliados

É mais fácil um consumidor comprar um produto que um amigo ou líder de opinião lhes recomendou, do que um produto com o qual tomaram contacto apenas através de comunicação da marca.

É sabido que as recomendações podem influenciar muito as vendas das marcas e é por isso que estas se preocupam cada vez mais com tudo aquilo que é dito e escrito sobre elas, em canais que não controlam como blogs ou sites de reviews.

Os programas de afiliados são uma forma de recompensar quem divulga um produto/serviço e capitalizar o poder das recomendações para a marca. Na prática, estes programas permitem a bloggers e outros influenciadores ganharem uma comissão sempre que alguém da sua base de seguidores adopta uma recomendação sua e compra um produto.

Cupões grutuitos da Airbnb

Muitos serviços tecnológicos, como o Airbnb, a Uber e algumas lojas online como a Amazon ou a Wook, têm programas de afiliados em funcionamento que permitem aos utilizadores inscritos ganharem comissões ou outros benefícios pelas vendas geradas pela promoção que façam aos serviços ou produtos.

 

8 – Portes de entrega

Atendendo à elevada sensibilidade ao factor preço na compra online, o valor associado aos portes da encomenda é muitas vezes um factor decisivo no momento da compra.

Na prática, a nossa loja pode ter os produtos mais baratos mas, se não formos competitivos em termos dos portes, essa vantagem pode não se traduzir num gancho para conquistar a compra do cliente.

Por este motivo muitas lojas online permitem ao cliente comprar com oferta de portes para encomendas acima de um determinado valor. Isto não só permite que o preço dos produtos seja mais competitivo, como pode estimular um aumento do valor médio da compra. Por outro lado, se este valor for demasiado elevado, pode funcionar como um obstáculo, desmotivando o utilizador da compra por não conseguir atingir esse patamar.

Uma forma de combater isto passa também pela oferta dos portes para a primeira encomenda, por forma a começar a criar uma relação com o cliente.

Transporte grátisÉ ainda importante comunicar de forma clara os portes, para que não surjam como uma surpresa no final do processo de checkout. O retalhista deve ter o cuidado de montar um modelo de portes simples, por exemplo, baseado num valor base por cada produto encomendado, evitando, sempre que possível, modelos complexos e difíceis de aferir pelo cliente (por exemplo, cobrando um valor em função da volumetria do produto). É também interessante oferecer vários níveis de serviço no que toca à entrega, com pricing diferenciado, desde o correio normal até ao correio expresso com entrega no dia seguinte ou até no próprio dia.

Na nossa opinião o mercado caminha para a redução genérica dos prazos de entrega, por forma a esbater a diferença entre a compra online e a compra na loja física onde o cliente toma posse física dos produtos de forma imediata. Acreditamos que veremos cada vez retalhistas a disponibilizarem entregas no próprio dia ou no dia seguinte e em horários alargados, para maior comodidade do cliente.

Ainda no que respeita aos portes há outros modelos que merecem ser analisados:

  • “fee fixo”: retalhistas como a Amazon (ver o programa Amazon Prime) ou o Continente Online (ver o programa Entrega Zero) permitem ao cliente pagar um valor fixo uma única vez e garantir que não paga portes nas encomendas seguintes durante um determinado período de tempo;
  • levantamento de compras na loja ou pick-up point: permitem ao cliente completar a sua transacção online e levantar posteriormente o produto numa loja ou num ponto de distribuição (tendo como benefícios o facto de poupar tempo ou de minimizar a deslocação necessária)

 

9 – Utilizar cupões

Os vales de desconto são provavelmente uma das estratégias promocionais mais utilizados no comércio. Todos os dias recebemos cupões de desconto, digitais ou em papel, que nos permitem poupar nas compras que fazemos.

O cupão de desconto é uma ferramenta que serve para despoletar ou induzir uma compra, uma vez que assegura um benefício para o cliente, mas que só é realizável dentro de um determinado período de tempo e para um produto ou conjunto de produtos específicos.

Dessa forma o lojista consegue promover a rotação de stock de determinados produtos e conquistar visitas à sua loja online que podem permitir vendas de outros produtos para além daqueles que são alvo de campanha.

Na Internet há inclusivamente quem esteja habituado a procurar cupões, existindo até sites que os agregam. A marca pode criar descontos que, quando inseridos na loja online, dão um desconto parcial ou total no produto que está a comprar ou uma oferta adicional de um produto relacionado, brinde ou até dos portes.

Cupões de desconto Danone

Os cupões são também uma forma de fidelizar clientes, bem como de premiar os mais frequentes, como vimos anteriormente. Um bom pretexto para promover a utilização de cupões são as efemérides como o Natal ou o Dia da Mãe.

 

10 – Promoções especiais

É recorrente algumas marcas promoverem dias ou horas em que um conjunto de produtos limitados é vendido a preços especiais durante um período de tempo limitado. Estas iniciativas, algumas muito conhecidas como o “Black Friday”, “Cyber Monday” ou “Happy Hour” permitem criar um sentido de urgência e aumentar temporariamente as vendas dos produtos estrategicamente definidos, ainda que durante um período limitado de tempo.

Em 2015, segundo dados da Adobe, as vendas online na Black Friday continuaram a aumentar. Os consumidores gastaram 2,72 mil milhões de dólares nesse dia, mais 14% que em 2014. Juntando os dados do Thanksgiving Day, o número sobe para 4,45 mil milhões de dólares.

 

11 – Campanhas solidárias

O envolvimento das marcas com causas sociais é cada vez mais uma forma de promover o consumo ao mesmo tempo que se garante a geração de goodwill por parte dos clientes.

Actualmente são cada vez mais as marcas que se envolvem com causas ou instituições que as representam, como forma de melhorar a sua imagem perante os seus clientes e de demonstrar a sua responsabilidade social.

Habitualmente neste tipo de campanhas é gerado um donativo ou oferta para uma causa por cada compra efectuada pelo cliente, o que cria um benefício adicional porque o mesmo entende que não está só a contribuir para o lucro da loja, mas também para uma causa. Um exemplo recente foi uma campanha que o OLX promoveu em que, por cada clique num anúncio relacionado com um cão ou gato, eram doado um valor a uma associação de proteção e defesa dos animais?

 

12 – Acções com bloggers

No actual contexto de fragmentação dos media e tendo como pressuposto o que já anteriormente dissemos sobre o efeito das recomendações nas vendas online, a verdade é que a associação de marcas a bloggers enquanto líderes de opinião em determinadas áreas é uma estratégia que tem vindo a ser cada vez mais utilizada.

Vemos assim marcas que se associam a bloggers, instagramers ou youtubers para colocar o seu produto junto da audiência que lhes interessa. Estes utilizadores, influentes, são assim pagos pelas marcas para falar do produto através das suas redes sociais. Funcionam assim como embaixadores da marca e têm um impacto elevado sobre a comunidade que se identifica com a personalidade em causa.

Youtuber português - Conguito

Estas acções são cada vez mais realizadas de forma clara e explícita onde a própria personalidade faz o “disclosure” indicando que a comunicação que está a realizar tem o apoio da marca do produto comunicado. Não obstante isso, uma vez que é a sua reputação e imagem que estão em jogo, a personalidade tende a recomendar apenas produtos que utiliza ou em que de facto acredita.

É também habitual que estas acções de divulgação sejam associadas à oferta de cupões de desconto para os produtos de que falam, incentivando os seus seguidores a visitar a loja da marca.

 

13 – Disponibilização de amostras

À semelhança dos cupões de desconto, também as amostras e os brindes podem funcionar como um incentivo para captar consumidores e consequentemente aumentar as vendas. No ecommerce é comum as empresas disponibilizarem versões de experimentação dos seus produtos/serviços.

Estas amostras permitem reduzir o risco da compra para o cliente. Sabendo que a compra online é efectuada à distância sem que o cliente tenha a oportunidade de sentir, cheirar ou tocar o produto, as amostras são uma boa forma de permitir a experimentação do mesmo.

Por vezes as amostras de produtos são gratuitas, noutros casos poderão ser pagas e por vezes são também rebatíveis no preço da aquisição do produto, caso o cliente decida por comprar após testar a amostra.

 

14 – Presença nos comparadores de preços

Não basta definir uma boa estratégia de SEO para garantir que a loja online aparece bem referenciada nos motores de busca. Enquanto marketeer devemos preocupar-nos também com os comparadores de preços, sejam estes de sites bem estabelecidos ou de plataformas como o Pinterest.

O Pinterest é uma rede social onde podemos arquivar praticamente tudo. Desde artigos de que gostamos de ler a imagens inspiradoras, não esquecendo peças de vestuário ou itens de decoração que nos chamaram à atenção. Aliás, o Pinterest disponibiliza um conjunto de ferramentas que o transformam numa espécie de loja online, possibilitando até efectuar a compra dentro da rede social. O Pinterest pode ser usado para saber mais sobre os produtos de que gostamos e também para comparar preços.

Ao nível dos comparadores de preços existem alguns que funcionam de forma genérica como o KuantoKusta, mas também outros que são específicos para determinados tipos de produtos, como o Skyscanner para conhecer o preço de viagens de avião ou o MaisCarrinho para comparar preços de produtos de supermercado.

Comparador de preços - Skyscanner

Tal como já mencionámos, o cliente que compra online é muito sensível ao preço e por isso estas plataformas de comparação, que existem actualmente para quase todos os tipos de serviço/produto (desde viagens, passando por seguros, automóveis, alojamento, bicicletas ou até fundos de investimento), são muito procuradas.

Necessariamente que produtos mais caros (big ticket items) são aqueles que são mais procurados nos comparadores, porque é aí que existem habitualmente maiores variações de preços entre diferentes retalhistas online. Neste contexto é particularmente importante estar presente nos comparadores, em especial se temos uma loja que é competitiva no preço.

 

15 – A importância da imagem e da usabilidade

Acima de tudo, uma loja online tem de ser visualmente apelativa e fácil de usar. Como mencionado anteriormente, o utilizador tem de conseguir realizar o seu processo de compra sem entraves ou dúvidas. Deve ter à sua disposição um chat ou linha telefónica para o caso de necessitar de assistência. Os valores numéricos devem aparecer na sua unidade monetária. Os custos extra, como portes de envio ou taxas de manipulação ou logística devem estar visíveis para evitar surpresas. A navegação no carrinho, bem como a adição e remoção de itens, deve ser simples e intuitiva.

Contudo, existem outros aspectos que enquanto marketeer devemos ter em atenção na loja online. Os formulários são um desses aspectos, porque são uma das maiores fontes de frustração para os utilizadores. Neste contexto devemos ser criteriosos na sua utilização e apresentar formulários apenas com os campos absolutamente indispensáveis para a realização da transacção – por exemplo, se nunca vamos usar o número de cartão do cidadão, mais vale não o pedir de todo, mesmo que à partida possa parecer boa ideia ter o máximo de informação sobre o cliente.

Os sites devem ainda permitir a realização de compras sem registo, bem como devem facilitar o login com serviços externos como o Facebook ou Google para minimizar a fricção.

Já se sabe que uma loja online deve ter fotos dos produtos que vende, mas é importante saber também que essas imagens devem ser disponibilizadas com boa qualidade, devem ser apelativas e consistentes com a aparência da loja.

Por outro lado, a interface da loja deve ser o mais amigável possível, ajudando o cliente a encontrar rapidamente o produto que deseja através de uma pesquisa por parâmetros (como preço, marca, cor ou tipologia). Em termos práticos, isto pode concretizar-se através de ferramentas que ajudam a escolher uma prenda para um amigo, namorada ou familiar, ou a saber quais os acessórios compatíveis com o telemóvel do cliente.

O presente perfeito - IKEAF

A compatibilidade da loja online com os dispositivos móveis é também algo a ter em conta. Segundo a IBM, na semana do Thanksgiving norte-americano em 2015, 26% das compras online referidas por afiliados aconteceram em dispositivos móveis, como um smartphone. O denominado mcommerce (ou comércio móvel) não é uma tendência de futuro – é algo que está a acontecer agora. Quem nunca comprou um bilhete de cinema, adquiriu uma viagem de autocarro ou fez uma reserva de hotel numa app?

Se gostou deste artigo mas ainda precisa de trabalhar o seu negócio a nível do ecommerce sugerimos a leitura do nosso Guia Completo do Ecommerce onde encontra uma introdução ao comércio electrónico, tudo sobre os meios de pagamento online, um guia para planear o seu site em 7 passos e também a checklist para o sucesso.

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